Câncer de próstata - Vera Cruz Oncologia

Câncer de próstata

A próstata é uma glândula masculina que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão pequeno e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Sua função é produzir parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual. Ao contrário do que muita gente pensa, a próstata não produz hormônios.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos de câncer de próstata. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens.

O câncer de próstata ocorre principalmente em homens mais velhos, sendo a idade avançada o fator de risco mais importante. Seis em cada 10 casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos. A média de idade no momento do diagnóstico é de 66 anos. É a segunda principal causa de morte por câncer em homens, atrás do câncer de pulmão. A cada 41 homens, pelo menos 1 morrerá de câncer de próstata. Outros fatores de risco incluem a raça (mais frequente em afrodescendentes), história familiar (ter um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de próstata mais do que duplica o risco de um homem de desenvolver a doença), obesidade.

Em estágio inicial, o câncer de próstata é uma doença silenciosa e geralmente não provoca sintomas. A maioria dos homens têm queixas relacionadas ao crescimento benigno da glândula como dor ou dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Com o avançar da doença, outros sintomas podem surgir como dor óssea, fraqueza nas pernas, o que indica já uma doença disseminada para outros órgãos como os ossos.

O câncer de próstata pode ser diagnosticado antes de quaisquer sintomas com a dosagem de uma proteína, o antígeno prostático específico (PSA) presente no sangue do homem. Essa estratégia é associada com o exame de toque retal, realizado por médico treinado onde é possível sentir a textura da próstata que normalmente é esponjosa. Caso esteja endurecida, há suspeita de câncer. Nem o exame PSA nem o toque retal são 100% precisos. Esses exames podem mostrar resultados anormais, mesmo quando um homem não tem câncer (isto é um resultado falso-positivo) ou resultados normais, mesmo quando um homem tem câncer (isto é um resultado falso-negativo). Por isso, a decisão de fazer ou não o rastreamento do câncer de próstata deve ser individualizada. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda o rastreamento a partir dos 50 anos para todos os homens e a partir dos 45 anos para aqueles da raça negra ou que têm história de câncer da próstata na família. Quando há alguma alteração no rastreamento, é necessária a realização de biópsia da próstata. Se o diagnóstico de câncer for confirmado pela biópsia, deve-se definir qual tratamento será instituído, o que dependerá do estágio da doença e das particularidades de cada paciente.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um. Para doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais, principalmente em pacientes mais idosos ou que tenha outros problemas graves de saúde) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal que consiste em bloquear a ação da testosterona nas células tumorais. Na última década, o tratamento da doença avançada evoluiu bastante e hoje os pacientes estão vivendo mais e com mais qualidade de vida.

 

Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA): www.inca.gov.br
Instituto Oncoguia: www.oncoguia.org.br
Sociedade Brasileira de Urologia (SBU): www.portaldaurologia.org.br

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